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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Do laboratório pra casa

No post anterior você conheceu um pouco mais sobre o hamster, um roedor que se tornou um animalzinho de estimação até muito comum. Mas existem roedores ainda mais exóticos, que acabaram conquistando o coração de alguns apaixonados por animais. É o caso do Twister, também conhecido como Mecol ou rato de laboratório (sim, RATO)! 

Os Mecols são dóceis e não exigem muitos cuidados
(Imagem:  Reprodução)
Pois é, são animais criados em laboratório, a princípio direcionados para testes. Contudo, por serem limpinhos, calmos, dóceis e não oferecerem nenhum perigo à saúde, algumas pessoas começaram a adotá-los como pets. Foi o caso de Hugo Guimarães, que se interessou pelos Twisters em 2005, quando achou uma página no Orkut de um grupo de pessoas do Rio de Janeiro, que se encontravam todos os fins de semana com seus Mecols. Apaixonou-se logo de cara.

Na cidade de Hugo, Campos dos Goytacazes, a criação de Twisters como animais de estimação não é muito comum. Por isso, ele entrou em contato com a proprietária da página do Orkut na época, que lhe enviou cinco ratos. Procurou muitas informações na internet, leu artigos científicos a respeito e conversou com outros criadores para conhecer um pouco mais sobre a espécie. A partir daí teve vários roedores: coelhos, chinchilas, hamsters... 

O tamanho médio de um Twister é de 28 a 30 centímetros e por isso uma gaiola de hamster é um pouco pequena para abrigá-lo. Hugo resolveu construir uma casinha para seus novos bichanos, utilizando estantes de ferro e uma grade de arame. Sua ideia inicial era que tivesse dois andares, um para fêmeas e outro para machos. Mas Mecols se reproduzem com facilidade e o tempo de gestação é bem curto, de 21 a 24 dias. Até o término da construção da gaiola, ele já tinha aproximadamente 15 ratinhos. Hugo chegou a ter 36 Twisters, que foram doados para criadores e laboratórios de universidades, restando apenas Amy, que era seu xodó. 
Amy foi uma das Twisters que Hugo adotou e tornou-se seu maior xodó
(Imagem: Arquivo pessoal)
O tempo de vida de um Mecol é de aproximadamente três anos e os cuidados não envolvem nenhum mistério. “Eles são bem limpinhos, especialmente as fêmeas. Trocávamos o jornal da gaiola uma vez por semana apenas. Eles também não comiam tanto. Procurava dar semente de girassol e ração de coelho. Eles adoram brincar, roer, escalar as coisas, se enfiar nos cantos. As fezes deles são sequinhas e bem fáceis de limpar. A urina quase não tem odor. Sempre foi fácil cuidar.” – conta Hugo. É uma ótima opção para quem mora em apartamento e não tem muito tempo para cuidados mais minuciosos. 

Se você se interessou e pensa em adotar um ratinho, Hugo deixa sua dica: “Quem quiser ter um, aconselho a procurar grupos nas redes sociais, e perguntar se alguém tem pra doar, combinar o frete, a gaiola e pronto. Se for de capital ou de cidades grandes, é mais fácil.” Também é possível comprá-los em pet shops ou online. As ofertas variam de 10 a 25 reais. 

E aí? Já imaginou um rato de estimação andando pela casa?
Imagem: Reprodução

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